Este blog acaba de nascer de uma conversa íntima entre dois amigos, com gostos e ideias bastante similares em relação à vida e ao sexo.

12
Dez 08

Hoje perdi-me noutras questões.

 

Lembrei-me de há uns dias, quando em conversa com o pirata, ele me faz atingir com duas palavras uma coisa que eu já deveria ter atingido há muito tempo, e que nem sequer se chama clímax. Eis que ele me diz " o homem que amas agora, vais amar para sempre ", assim... curto e grosso. E nesse momento cai a ficha e forma-se um nó na minha garganta.

O amor não correspondido é como uma doença terminal, nega-se, sofre-se e por fim aceita-se. Foi neste momento que passei da fase da negação ao sofrimento e irrompi num choro compulsivo, daqueles que não conseguimos conter, que se verbaliza em gemidos de dor e nos fazem soluçar por uma hora e por fim adormecer de cansaço. Confesso que me senti rasgar por dentro, e confesso que me assustei com tamanho desabamento. Encolhi-me e recolhi ao meu casulo, numa daquelas temporadas que me fazem falta de vez em quando.

Passada a fase de sofrimento chega finalmente a aceitação. Porque é que dizer amo-te a alguém que não nos ama é humilhação? E porque é que só podemos amar quem nos ama, como se pudessemos simplesmente escolher? É eterno? Não acredito, mas que seja eterno enquanto dure. São montes de tretas criadas pela sociedade que nos impinge uma série de ideologias e que devemos seguir. Aproveito para agradecer à aventesma que inventou que devíamos andar vestidos. Mais uma treta.

Se amo, amo, mas não posso dizer, porque coitadinha não te humilhes. E se quero é ver feliz quem amo, que o facto de saber que a amo lhe dê felicidade e não pena de mim, porque o amor também pressupõe amizade. Enfim, trampa de divagação.

 

 

...

 

E segundos depois chega ao pé de mim o homem que me ama, despe-me e pede para me admirar. Elogia o meu corpo, enquanto morde o lábio inferior e semi-cerra os olhos como se estivesse a olhar para uma capa da Maxmen.

E o amor dele dá-nos bons momentos, mesmo que o meu amor não lhe pertença.

 

E para ti meu pirata, amigo do peito, diz-me só como consegues fazer-me perceber sobre mim o que eu própria não percebo? Como é que me conheces assim do avesso? Fazes-me pôr cá para fora tudo o que quero manter lá dentro, muito escondido. Também a ti te amo, da forma que se amam os amigos, mas muito...

publicado por L. às 23:35

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