Este blog acaba de nascer de uma conversa íntima entre dois amigos, com gostos e ideias bastante similares em relação à vida e ao sexo.

25
Jun 09

 

Detesto. A palavra, só por si, tem dias que me causa repulsa. Se me abraçam sinto-me desconfortável e desejo que não dure mais do que dois segundos. E no entanto, em alguns momentos, apanho-me a desejar gostar de ser abraçada por alguém. Só por uma vez entregar-me a um abraço.

As demontrações de afecto chateiam-me. Não gosto de demonstrar afecto e aborrece-me que alguém mo demonstre com demasiada frequência. Enfada-me.

No sexo gosto de sexo. Não me abracem por favor. Fodam-me.

E como ainda ontem me falava com um amigo sobre traumas, acabo por relacionar estas aversões ao facto de não ter sido muito acarinhada na infância. Acho que também a minha mãe tinha repulsa, e o meu pai partiu demasiado cedo para me deixar memória de carinhos. Lembro-me de chorar por achar que a falta de afecto da minha mãe tinha a ver com falta de amor.

Às vezes desejo ardentemente livrar-me destas sensações incómodas. Também preciso de carinho mas não consigo gostar dele. Haverá alguém que me liberte disto um dia?

 


22
Out 08

Tal é a subida da hormona da adolescência que fui sonhar com o Ricardo, gato bem comportado da nossa sociedade.

Estávamos perdidamente apaixonados, passeando pelas ruas de Lisboa de abraço para aqui e para ali, tentando ser sobretudo discretos para não atrair objectivas. Epá porra, nem um beijo?? Nem uma mísera queca num beco qualquer?? Apesar disso acordei feliz e seca.

Não se entende, só pode ser carência de afecto. Sinto-me mesmo carente... miau!

Aproveito para pedir desculpa ao pirata por estar a escrever baboseiras em vez de lhe fazer a mousse de chocolate prometida há uns meses. Mas aviso já que com tanta carência sou capaz de comer um balde dela, portanto não contes muito com isso.

 


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