Este blog acaba de nascer de uma conversa íntima entre dois amigos, com gostos e ideias bastante similares em relação à vida e ao sexo.

22
Out 08

Tal é a subida da hormona da adolescência que fui sonhar com o Ricardo, gato bem comportado da nossa sociedade.

Estávamos perdidamente apaixonados, passeando pelas ruas de Lisboa de abraço para aqui e para ali, tentando ser sobretudo discretos para não atrair objectivas. Epá porra, nem um beijo?? Nem uma mísera queca num beco qualquer?? Apesar disso acordei feliz e seca.

Não se entende, só pode ser carência de afecto. Sinto-me mesmo carente... miau!

Aproveito para pedir desculpa ao pirata por estar a escrever baboseiras em vez de lhe fazer a mousse de chocolate prometida há uns meses. Mas aviso já que com tanta carência sou capaz de comer um balde dela, portanto não contes muito com isso.

 


06
Ago 08

 

Combinei contigo um encontro às cegas e pedi-te que não perguntasses nada. Obedeceste, já sedento de alguma coisa que nunca tinhas provado.

Chegaste ao hotel por volta das 15 horas e entraste no quarto meio incrédulo.

Já te esperava, deitada em cima da cama, desejosa de ti. Pedi-te que ficasses só ali à minha frente, queria devorar-te com os olhos, queria devorar o que és sem restrições e sem reprovações.

Desviei a tanga preta para o lado, a tanga que escolhi com tanto cuidado só para te agradar. Procurei o clitoris com os meus dedos. Molhei-os na entrada da minha vagina já tão humida só de te ver, de imaginar que te ía abrigar dentro dela. Continuaste a observar, já te via o pau teso por baixo das calças. Em movimentos circulares, acariciei o clitoris, ora lenta ora rapidamente, enquanto te olhava com um desejo quase explosivo. Aproximaste-te e ordenei-te que não me tocasses. Mais uma vez obedeceste, como um cão agradecido à sua dona. Enfiei os dedos na vagina e perguntei-te se me querias, enquanto os meus dedos entravam e saíam e quase enlouquecia. Respondeste " sim " num tom de voz quase imperceptível de quem está a debater-se com uma vontade contrariada. Pedi-te que tirasses o pau para fora e te masturbasses à minha frente enquanto me pedias " deixa-me foder-te, por favor ". Acedeste mais uma vez... pedi-te que o repetisses mais alto, repetiste.

Já vencida ordenei que te deitasses, acariciei o teu pénis teso e montei-te de uma forma avassaladora. O meu corpo estremecia de prazer e a minha voz não conseguiu calar os gemidos, os gritos de quem finalmente alcançou o que um dia pareceu inalcançável. Balancei o meu corpo com vigor em cima do teu, senti o teu pénis penetrar-me vezes sem conta, duro, quente e deliciei-me com a tua expressão de prazer, com as tuas mãos agradecidas a passearem pelo meu corpo nu, com a humidade que nos trouxeram os corpos quentes, exaustos mas persistentes.

O som do teu prazer intensifica o meu orgasmo, intenso, infinito. O meu corpo contrai-se, treme, goza a sensação explosiva que começa na vagina e se espalha pelos músculos das minhas pernas e do meu abdomen.

Quero-te dentro de mim, só mais um pouco. Contraio-me mais uma vez na tentativa de te prender em mim para sempre.

O meu corpo cansado rende-se ao teu abraço, agradecido pelo teu beijo molhado.

Não resisto a dizer que te amo. Quero-te mais vezes, todas as que puder!

 


04
Ago 08

sparrow.jpg

Nua, mas para o amor não cabe o pejo

Na minha a sua boca eu comprimia.

E, em frêmitos carnais, ela dizia: 

Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

 

Na inconsciência bruta do meu desejo

Fremente, a minha boca obedecia,

E os seus seios, tão rígidos mordia,

Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

 

Em suspiros de gozos infinitos

Disse-me ela, ainda quase em grito: 

Mais abaixo, meu bem!  num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca, 

Mais abaixo, meu bem!  disse ela, louca,

Moralistas, perdoai! Obedeci....

 

( Olavo Bilac )

publicado por L. às 11:30

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